A Governança Corporativa ou a falta dela.
Empresa ❌ Escândalo
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Enron➡ 2001 Fraude fiscal levou a empresa à falência. 5 mil trabalhadores perderam o emprego. Perdas de US$ 74 bilhões;
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WorldCom➡ 2002 Fraude contábil levou ao maior processo de falência no mercado americano. 20 mil trabalhadores perderam o emprego. Perdas de US$ 107 bilhões;
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AIG➡ 2005 Fraude contábil foi socorrida pelos contribuintes americanos. Perdas de US$ 3,6 bilhões;
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Siemensv 2008 Pagamento de subornos em contratos. Perda de US$ 3 bilhões;
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Olympus➡ 2011 Fraude contábil resultou no fechamento de 40% das suas fábricas. 3,7 mil funcionários perderam o emprego. Prejuízo de US$ 1,7 bilhão;
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Bancos Europeus➡ 2012 Manipulação da taxa Libor. Prejuízo de US$ 9 bilhões em multas;
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Volkswagen➡ 2015 Dieselgate impactando 11 milhões de veículos movidos a diesel. A empresa fraudava os testes de emissões. Prejuízo de US$ 87 bilhões;
Petrobras➡ 2015 Escândalo de corrupção envolvendo a diretoria da empresa e fornecedores, desviando bilhões de dólares em contratos superfaturados. Prejuízo de US$ 21 bilhões. Processos ainda em andamento.
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Fonte: PRI.
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Fica complicado falar em governança corporativa quando verificamos vários casos de corrupção, fraude contábil e manipulação de sistemas de controle.
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Será que estas grandes corporações não tinham áreas de #Compliance, controles internos, riscos operacionais, códigos de conduta e de ética? Provavelmente tinham, mas as pessoas que tomavam decisões estavam motivadas por outras questões como resultados de curto prazo, crescimento do #MarketShare e consequentemente crescimento dos lucros e dos bônus. Aqui está o dilema entre a perpetuidade do negócio e o contrato de curto prazo dos executivos que conduzem a empresa.
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Muitas vezes, as organizações criam essas áreas para atender as exigências da legislação e esquecem que o verdadeiro papel desses princípios é ajudar a perpetuar os negócios a partir do trabalho de questões como a transparência, equidade, responsabilidade e sustentabilidade. São valores básicos que independem do tamanho da empresa e que precisam partir do topo das organizações e alcançar toda operação, disseminando ao longo de toda a cadeia. Exemplos disso são os casos recentes de empresas do novo mercado da B3 envolvidas nas operações zelotes, lava jato e carne fraca. Todas seguiam as diretrizes de governança corporativa da B3.
Por mais que existam sistemas de controle, exigências legais ou de mercado, a base de tudo é a honestidade e os princípios éticos e de conduta.
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A governança não anda sozinha. Na maior parte dos casos, empresas que tem governança estão preocupadas também com as questões sociais e ambientais, justamente para dar longevidade aos seus negócios.
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Portanto, quando for investir em uma empresa, verifique se a empresa realmente aplica aquilo que está definido em seu código e na sua política ou se apenas o faz para cumprir com a legislação. Analise como a empresa trata as questões ambientais e sociais e como faz o engajamento com seus #StakeHolders.
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Luiz Felix Cavallari Fo
Sócio da Kipu Invest Consultoria
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